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10 mulheres que fazem sucesso na gastronomia brasileira

* Com participação de Tamyris Roxo, a @boccanervosa.

Competentes, premiadas, sensíveis e exigentes. Muito além dos clichês e preconceitos, fato é que vários dos melhores restaurantes de São Paulo são comandados por mulheres. Como o assunto realmente rende, selecionamos algumas das chefs de maior sucesso por aqui. Confira.

1. Roberta Sudbrack, do SudDogRoberta Sudbrack

A trajetória gastronômica da chef Roberta Sudbrack começou pela necessidade de manter a casa e as contas em dia quando, morando em Brasília, começou a vender cachorro-quente – preparado com a ajuda da avó que fazia os acompanhamentos e o molho daquele que se tornou o SudDog. Com o esforço daquela época, alavancou novos e impressionantes cargos, como o de primeira chef mulher do Palácio da Alvorada.

Sua cozinha, marcada pela primorosa execução de pratos sofisticados que levam ingredientes simples, porém de extrema qualidade, logo extrapolou as fronteiras do Palácio e Roberta pode montar seu próprio restaurante no Rio de Janeiro. O Roberta Sudbrack conquistou inúmeros prêmios e chegou a receber 1 Estrela Michelin ao longo dos anos em que se manteve na bela casa do Jardim Botânico. Inquieta e sempre em evolução, a chef fechou as portas de seu restaurante em 2016 e promete uma nova fase em sua carreira – ainda mais fortalecida como uma cozinha brasileira afetiva, bem executada e acessível.

2. Ana Luiza Trajano, do Brasil a GostoAnaLuizaTrajano

Uma verdadeira pesquisadora da cozinha brasileira, a premiada chef Ana Luiza Trajano está sempre em busca de conhecimento e inspiração para o seu trabalho no Brasil a Gosto.

O restaurante, que foi transformado em Instituto Brasil a Gosto, em 2016, é a incubadora de projetos que valorizam ingredientes locais, a aliança entre produtores artesanais e órgãos de pesquisas, a indústria e o mercado. O instituto também promove eventos e cursos que disseminam o conhecimento acumulado em mais de 15 anos de viagens e pesquisas por mais de 40 cidades em 20 dos 26 Estados brasileiros. Além disso, seu trabalho pode ser conferido também nos três livros que publicou: Brasil a Gosto, Cardápios do Brasil e Misture a Gosto.

3. Viviane Gonçalves, do Chef Vivichefvivi

Antes mesmo de mostrar seu talento em terras brasileiras, a chef Viviane Gonçalves já havia conquistado o paladar dos chineses – o restaurante Alameda, aberto por ela e uma sócia na capital chinesa, foi eleito pela revista That´s Beijing como o melhor de Pequim por 3 anos consecutivos. De volta ao Brasil, em 2010, Viviane passou pelas cozinhas do D.O.M e Maní até abrir as portas de seu Chef Vivi – sempre muito concorrido entre as diversas opções na Vila Madalena e com menu sazonal que não sabe o que é rotina: ele é alterado todos os dias, sempre de acordo com o que há de mais fresco.

4. Renata Vanzetto, do Grupo Marakuthai

Foto: Reinaldo Canato

Foto: Reinaldo Canato

Aos 18 anos a chef Renata Vanzetto inaugurou seu primeiro Marakuthai, na Ilhabela. Hoje, antes dos 30 anos, ela comanda um grupo de negócios gastronômicos que representa o seu estilo despojado e criativo: os bares MeGusta e Lambisgoia, o restaurante de assinatura Ema, os três Marakuthai e ainda um buffet para eventos. Ela, que não passou nem uma semana nas aulas da faculdade de gastronomia, cria quase que intuitivamente pratos e sobremesas com influências litorâneas e que remetem ao conforto.

5. Telma Shiraishi, do Aizomê

Foto: Rafael Salvador

Foto: Rafael Salvador

A tranquilidade da chef Telma Shiraishi não deixa transparecer as mudanças de rumo pelas quais ela passou antes de ingressar na cozinha: ela já cursou medicina e circulou também pelo mercado da moda. Telma é uma das exceções em cozinhas japonesas, majoritariamente comandadas por homens. No restaurante Aizomê, ela difunde a cultura nipônica não só pelo menu – que acompanha as estações do ano e seus ingredientes – mas, também, através de eventos e feiras que reúnem produtores e artesãos de descendência nipônica, todos garimpados por Telma em seu caminho, seja em viagens, mercados ou feiras livres.

6. Helena Rizzo, do Maní

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Foto: Fernando Donasci

Foi aos 18 anos que a gaúcha resolveu se mudar para São Paulo. Foi modelo, garçonete, até chegar a chefiar o Na Mata Café. Mas, ainda não satisfeita, ela praticamente rodou a Europa, atuando e conhecendo vários restaurantes. Além de tino para cozinha, Helena também trouxe o marido, Daniel Redondo, na bagagem. Hoje, em parceria com outros sócios, o casal comanda o Maní, que este ano completa 11 anos. Sensível e autêntica, a chef se divide entre a cozinha e a nobre tarefa de ser mãe da Manoela.

7. Bel Coelho, do Clandestino

Mãe de dois meninos, Bel é simpatia, simplicidade e amor pela cozinha. Coração de brasileira, não deixou se abater com o fim do Dui, seu restaurante que fechou as portas em 2013. Pelo contrário, foi a partir daí que a chef resolveu desconstruir e inovar o modelo tradicional de restaurante. No Clandestino, ela serve menu-degustação, uma semana por mês, mediante reserva. A ideia tem dado certo e sido mais rentável e os belos pratos, arrancado elogios.

carlapernambuco

Também gaúcha, Carla estudou Comunicação e chegou a ser atriz. Mas foi em 1992, em um curso de culinária em Nova York que ela se descobriu. Midiática e conectada, desde então ela se tornou uma verdadeira embaixadora da boa gastronomia. Com uma habilidade multitasking de dar inveja, a chef se divide entre os programas de TV, seus livros e o Carlota, que já passou dos 20 anos. Com pratos irretocáveis, como o tradicional bife Wellington, figura entre as principais casas, com uma cozinha completa e de múltiplas influências.

9. Janaina Rueda, do Bar Dona Onça

JanainaRueda

Foi em 2008 que a paulistana nascida no Brás resolveu abandonar a vida de sommelière de multinacional para abrir o Bar da Dona Onça, aos pés do Copan, em uma época em que pouco – ou quase nada – se falava sobre revitalização do Centro. De temperamento forte, como já garante o apelido dado pelo marido – Jefferson Rueda, chef da A Casa do Porco Bar -, Janaina serve uma variedade de pratos e petiscos com influências do interior paulista. Incansável, recentemente ela ainda participou de um projeto que reformulou a merenda escolar do governo do Estado de São Paulo.

10. Alice Celidônio, do UN Restaurante

AliceCelidonioCom a recém-saída de Tadashi Shiraishi, foi a jovem catarinense de 27 anos, Alice Celidônio quem passou a dividir o balcão de sushi do restaurante UN, nos Jardins, com Bruno Takemoto. Aos 17 anos, como garçonete de um restaurante em Florianópolis, ela começou a demonstrar seu interesse e talento pelos sushis. Além do , em Pinheiros, onde conheceu Shiraishi, e do americano Nobu, Alice também buscou referências na África do Sul e, é claro, em Tóquio. Hoje, ela é considerada a única sushi-chef mulher de São Paulo, já que as outras têm assumido outras facetas da cozinha nipônica.

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  • Comment: Anônimo on 5 de março de 2017

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