Depois de nove meses de reforma, a centenária Basilicata abriu as portas de seu novo endereço, um prédio ao lado do anterior em que, por 103 anos, a padaria vendeu seus pães italianos, antepastos e embutidos – que sardela! Agora, além do empório, da padaria e de um café, que funcionam no primeiro piso, há um restaurante, comandado pelo jovem chef Rafael Lorenti, quinta geração da família.
O café, que funciona ao lado do balcão da padaria (foto), é um espaço para se sentar, tomar uma tranquila xícara de café e mordiscar um cannoli ou mesmo uma zeppola de São José, à venda o ano todo. Há também várias opções de ciabattas, com recheios como o de parma, muçarela de búfala, tomate e rúcula (R$ 29,90 – foto) e o mais vendido, de porchetta com pesto fresco (R$ 28,50).
Mas é no segundo andar que funciona a novidade: o restaurante de 90 lugares (foto), em estilo rústico chique, onde Rafael serve comida italiana simples e descomplicada. Mas não espere uma réplica de algumas cantinas do bairro com seus rodízios de massas prontas. Amplo, o cardápio é dividido em entradas, saladas, massas, carnes e doces.
Honrando a tradição da padaria, de entrada, há brusquetas como a vegetariana bufala (R$ 15), com tomate, queijo de búfala, azeite e manjericão, a alici (R$ 21), com alici, creme de mascarpone e lardo, e a capra (R$ 19), com queijo de cabra, cebola roxa caramelizada e azeite trufado. Há também a paline lucana (R$ 21), porpetinhas com cebola caramelizada no molho de tomate fresco.
Há, ainda, oito opções de massas. Três delas são preparadas na casa: o fusilli ao molho de tomate e molica (R$ 49), a maltagliata com fava e pancetta (R$ 42) e o ravioli de muçarela de búfala ao molho de tomate (R$ 41). Mas chega muito cremoso o spaghetti carbonara com pancetta (R$ 55 – foto). Ao contrário da senhora da mesa ao lado, que pediu para a simpática garçonete trocar seu prato porque estaria amargo, o nosso chegou tinindo. Poderia estar um pouco mais al dente. Mas sei que isso é preferência de italianos e não de brasileiros.
Entre as carnes, provamos o galletto m’buttunato (R$ 63), um galeto recheado com cogumelos e acompanhado por pedaços de polenta frita. Mas ainda volto para provar outras pedidas, como o bacalhau da família (R$ 79) ou mesmo o filé mignon com molho funghi (R$ 75). Um pouco mais a cara da “nonna”, o fígado de boi com renda suína acompanha salada mista com brusqueta de alho e sai por R$ 59.
Para as mesas grandes, há opções para compartilhar entre três a quatro pessoas, como o stinco di vitello (R$ 325), que leva batata com pancetta e salvia, ervilhas assadas, purê de grão de bico, e a porchetta (R$ 310), com purê de limão siciliano, abóbora, cebolas, frutas grelhadas e pesto fresco.
Para finalizar, há clássicos como o tiramisù (R$ 28) e o cannoli siciliano (R$ 14), na foto, sob a ótica do chef.
Ao descer, passe pela padaria e peça o pão recheado de linguiça e queijo (R$ 28 – foto) e com pitadas de erva-doce. As sardelas (foto), como falei no início, são fantásticas para acompanhar um pedaço de pão italiano. É fácil garantir a janta ou o lanche da tarde em família: “pode embrulhar tudo pra viagem?”.
Justiça seja feita, o cardápio também está recheado de drinques clássicos e autorais, sob responsabilidade do ex-Riviera, Paulo Alvarenga.
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