No mesmo endereço em que, por oito anos, funcionou o português Trindade, a Rua Amauri acaba de ganhar o novo Madison Square. A casa conta com um cardápio caprichado com pratos de cozinha contemporânea, que inclui boas entradas e aperitivos, mas também peixes e frutos do mar, carnes, além dos risotos e massas. Tudo funciona sob o comando do sócio e restaurateur Alexandre Souto de Souza, que tem passagens pelo Eau, do Hyatt, e também pelo próprio Trindade, além do chef Guilherme Cardadeiro. Foi depois de um tempo de pesquisa e imersão nos bistrôs da ilha de Manhattan, em Nova York, que Alexandre resolveu apostar no Madison, que homenageia a Big Apple inclusive no nome.
Nas entradas, chama atenção o Flat Bread (R$ 24 – foto), uma fina massa de pizza coberta com muçarela de búfala, tomates cereja, ovos de codorna e manjericão fresco, além da frigideira de frutos do mar (R$ 54 – foto, em segundo plano), que chega à mesa absurdamente bem executada – sem dúvida, um dos melhores pratos da casa.
Entre as carnes, prove o carré de cordeiro (R$ 89 – foto), que vem muito bem servido e com direito a purê de abóboras e farofa de avelãs. Sem dúvida, boa opção para quem gosta de sair satisfeito.
Já entre os frutos do mar, prove sem medo o polvo (R$ 72 – foto), servido levemente tostado em azeite de páprica, acompanhado com batatas, brócolis e cebolas salteados.
Mas também há boas pedidas entre as massas, como o ravioli de camarão (R$ 62), com brunoise de legumes, pupunha e molho bisque ou mesmo o risoto de abóbora (R$ 54), servido com espinafre e queijo de cabra.
Para finalizar, há opções mais tradicionais como o mousse de chocolate (R$ 19) e também algumas releituras como o saboroso creme brulè de cupuaçu (R$ 24) e o petit gateau de pêssego (R$ 26 – foto), composto de bolo de baunilha recheado com geleia de pêssego e sorvete de creme.
Para beber, a casa prepara novidades para sua carta de drinques. Mas, nesse soft opening, já é possível provar clássicos como o Aperol Spritz e o Manhattan.
A nova fase da rua Amauri
Foi nas décadas de 80 e 90 do século passado que a Rua Amauri começou a se construir como um polo gastronômico do Itaim Bibi. Foram épocas de auge, quando a charmosa rua contou com restaurantes como o Fasaninho, o Ecco e o Parigi, também da grife Fasano. Mas os anos dourados não duraram para sempre e, recentemente, algumas casas chegaram a fechar. É o caso, por exemplo, do próprio Ecco, da cafeteria Starbucks e do Dressing – inaugurado em 1987, era o restaurante mais velho do pedaço.
Quem continua por lá é a Forneria San Paolo, que acaba de completar 15 anos de operação. Atenta aos novos perfis de público, a casa parece também tentar se reinventar. Em maio de 2016, passou a fazer parte do grupo liderado por Ricardo Trevisani e João Paulo Diniz, em que também se inclui o Ristorantino. Além da incorporação de café da manhã ao menu, a decoração do espaço também passou por reformulação. O verde e as referências ao campo como hortas e temperos estão mais presentes, assim como fotos da rotina do cultivo da terra na Fazenda da Toca, que fornece os ingredientes orgânicos, também base e aposta de algumas novas receitas.
Quiçá, o Madison Square também faça parte desta nova geração de restaurantes antenados e abertos ao novo.
Vida longa ao Madison e à rua Amauri 🙂
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